Meu pedacinho de chão: cenário e figurino

Fotos: Divulgação / TV Globo. 

A novela de Benedito Ruy Barbosa, Meu pedacinho de Chão, não é história recente não! A história que vimos estrear ontem nas nossas telinhas remonta desde 1971, onde conta as diferenças sociais e políticas de uma cidade do interior no ponto de vista de duas crianças. 

"A história do folhetim se passa na Vila de Santa Fé e tem os pequenos, Serelepe (Tomás Sampaio) e Pituca (Geytsa Garcia), como protagonistas. No povoado, dois coronéis brigam pelo poder: o Coronel "Epa" Epaminondas (Osmar Prado) e o Coronel Giácomo (Antônio Fagundes), sendo o Coronel "Epa" completamente contra o progresso. Querendo ver o "circo pegar fogo", Pedro Falcão (Rodrigo Lombardi) doa um pedaço do seu chão comprado do coronel “Epa” para que nele fossem construídas uma venda e uma capela. Isso basta para a guerra entre eles ser declarada. No meio de toda essa confusão, a Professora Juliana (Bruna Linzmeyer) chega à Vila com vontade de ensinar o povo a se libertar de atitudes nada democráticas por meio da educação. Mas, por conta desta proposta, a professorinha ficará na mira dos coronéis que não vão gostar nada desta postura “revolucionária”.

Cenário

     Incrível! Lindo! A cidade cenográfica foi construída pelo cenógrafo Raimundo Rodriguez com 20 toneladas de lata, isso mesmo. Inspirado em Van Gogh e Akira Kurosawa, dois artistas expressionistas. A constituição final deu um ar de contos de fada que a novela quer passar e tudo se integra de uma forma doce e amorosa que qualquer um que preste atenção se encanta.

   Segundo o cenógrafo, também foi tomado um cuidado especial para deixar cada casa diferente da outra: 

"Cada casa tem sua própria cor, sua própria personalidade, seu próprio desenho, estabelece sua própria relação com o personagem.  Não tem uma parede igual à outra, não tem uma casa igual à outra, não tem uma cor igual à outra, tudo é muito original para cada casa".

Figurino

   A figurinista Thanara Schonardie quis dar uma forma lúdica e atemporal para suas roupas, criando, assim, um mundo mágico. Os personagens parecem ter sido saído de ilustrações de tão mágico que eles foram representados, mas para isso, Thanara buscou referências em diversos períodos do final do século XVIII e século XIX, mesclando materiais como renda, canutilhos, seda, vinil etc. 

Obs: Sim! O cabelo da Bruna foi pintado com pinturas diversas até encontrar esse tom, ficou muito lindo *o*

    Com um visual de fantasia e fábula, será que a história real, pretende impactar e passar a mesma mensagem hoje da mesma forma que antigamente? Além de que esse tipo de proposta é diferente de todas que estamos familiarizados pela Globo.